
Assistir ao show do seu artista favorito é incrível. Mas, a oportunidade de ver o show do seu artista preferido, em outro país, conhecer uma nova cultura e vivenciar uma experiência para toda a vida, é muito melhor.
E foi exatamente isso que aconteceu na promoção que levou um ouvinte com um acompanhante à Amsterdã (Holanda) para ver um show da Billie Eilish.
Guilherme França, que mora no Rio de Janeiro, foi o sorteado para vivenciar esse momento, e levou como acompanhante, a namorada Maria Luiza Moulin.
A Malu, como é conhecida, foi a grande “culpada” pelo fato do namorado ter se inscrito na promoção da Billie Eilish.
Fiz minha família inteira participar muito, eu e ele (Guilherme), ficávamos ouvindo a MIX o dia inteiro
explicou Malu assim que nos encontramos no Aeroporto do Galeão, no Rio.
Falamos sobre a empolgação da viagem, despachamos as malas, e o casal entrou, literalmente, pulando na aeronave com destino à Amsterdã.
Não contamos para ninguém que vencemos a promoção para viajar e ver o show, por medo de dar algo errado
revelou o casal.
Nada deu errado. Descemos em Amsterdã após mais de 11 horas no avião e fizemos diversas fotos e vídeos no trajeto do aeroporto até o hotel em que ficamos hospedados, o “Jaz in the City – Hotel”. A entrada do hotel fica exatos dois minutos da arena “Ziggo Dome”, onde aconteceu a apresentação da Billie.
Logo que chegamos ao hotel, vimos dezenas de fãs da Billie Eilish acampando em frente à casa de shows. E uma coisa chamava a atenção: o frio e a ventania eram fortes.
O termômetro marcava 10 graus à meia-noite do dia 4 de maio, mas a sensação era de 6 graus por conta da ventania. Os fãs se aglomeravam e se protegiam com cobertores – nada muito diferente do que vemos no Brasil.
Billie Eilish tinha três apresentações na capital holandesa: dias 4, 5 e 7. Nossos tickets eram para o primeiro dia de concerto. Malu e Guilherme estavam muito animados, e abriram rapidamente os envelopes lacrados, com os ingressos. Entramos no local do show, ansiosos.
Ao encontrar nossos três assentos (todos respeitam os lugares marcados), Malu se surpreende:
Meu Deus! Estamos muito perto do palco, e olha que lugar confortável esse lugar!
Os dois estavam extremamente felizes com todo o clima pré-show. Claro, a grande maioria dos fãs era holandesa, mas conversei com meninas que vieram de Portugal, Londres e até uma fã da Billie vinda da Venezuela. Ela me confessou ter viajado por 24 horas, e disse ia dormir na rua para assistir ao show do dia seguinte (dia 5 de maio). Coisa de quem é fã. E, cá entre nós, a Billie merece todo esse reconhecimento e dedicação.
O show começou às 20h20.
A cantora surgiu no meio do palco, na parte de cima de um cubo suspenso no ar. Sem muita conversa, Billie emenda uma sequência de sucessos, desde as faixas do mais recente disco, “Hit Me Hard And Soft”, assim como hits já consagrados: “bury a friend”, “everything i wanted”, “Therefore I Am”, “Happier Than Ever” e o megassucesso “bad guy”, que apresentou a Billie para o mundo inteiro. A cantora ainda interpretou “What Was I Made For?” – trilha sonora do filme “Barbie”, e as músicas no novo álbum, que foram cantadas aos berros, como: “WILDFLOWER” e “BIRDS OF A FEATHER”, que encerrou o show. A cantora também fez um cover delicado, poderoso e melancólico, da música “Creep”, lançada em 1992 pela banda Radiohead.
Durante a maior parte da performance, observei que, além de “cantar gritando” as músicas, Malu também chorava. Aliás, eu também – e não tenho problema algum em admitir isso enquanto jornalista e repórter – , afinal, sou muito fã da cantora.
Saímos do show exaustos, sem voz, e de olhos inchados de tanto chorar. Antes de deixar a arena, Malu rapidamente parou na loja oficial da cantora e comprou mais uma camiseta da Billie.
Demoramos para assimilar tudo o que vimos no show: Billie Eilish é madura demais pela pouca idade que tem. Sua voz é carregada de uma doçura e, ao mesmo tempo de uma força, sem iguais. Apesar de fazer música pop, suas letras são densas e falam muito sobre sua própria vivência, como os desafios e as dificuldades ao lidar com sua imagem, com seus relacionamentos, e com a fama.
Durante o show, a cantora andou por todo o palco, correu até as extremidades, brincou com os músicos, cantou olhando nos olhos dos fãs, pulou e se divertiu tanto quanto os seus fãs.
Antes de retornar ao hotel, o casal ainda falava da performance da Billie Eilish. Passamos em uma lanchonete próxima para comprar pizzas. Malu ainda estava em total êxtase:
Melhor show de nossas vidas!
Repetia diversas vezes.
Retornamos ao hotel felizes por termos vivido tal experiência incrível…
No dia seguinte, que estávamos com a agenda livre, tentamos aproveitar ao máximo a cidade de Amsterdã: fizemos compras, tiramos fotos nos canais que cortam a cidade, passamos por exposições, passeios entre as famosas tulipas da região, parques, e até provamos o já tradicional “stroopwafel”, um waffle bem doce, com diversas lojas espalhadas pela cidade.
No dia seguinte (6 de maio) foi o dia de partir. A sensação era a de que vivemos um mês inteiro em apenas três dias. Fizemos o check-out do hotel com a sensação de termos histórias para contar pelo resto de nossas vidas.
Já no aeroporto de Amsterdã, Guilherme e Malu agradeceram emocionados pela viagem, e disseram que jamais esperariam viver algo assim.
Pegamos as malas e fomos em direção ao portão de embarque: era hora de voltar para casa. Ao passarmos pela área de compras do aeroporto holandês (Duty Free), em meio ao barulho das lojas, e das rodinhas de malas deslizando pelo chão, uma música tocava no aeroporto: era “BIRDS OF A FEATHER”.
Só poderia ser um sinal.
Um sinal de que tudo foi perfeito.