
Para além dos palcos principais do The Town, uma das atrações de destaque foi o cantor Jacob Collier, que se apresentou no segundo final de semana do festival, no Palco São Paulo Square.
Um dos pontos mais interessantes sobre a escalação de Jacob Collier para o festival é o fato do britânico ter sido o único artista no line-up de todos os cinco dias do The Town a se apresentar dois dias (no sábado, 13, e no domingo, 14). Na edição anterior, este feito foi realizado apenas por Bruno Mars.
“A primeira coisa a dizer é que, de todos os lugares para fazer música, o Brasil em geral é uma loucura. Então fiquei muito animado com a ideia de ter duas chances neste festival. O público foi muito diferente, mas ambos tiveram uma energia muito grande, e me sinto honrado e muito emocionado por poder trazer esse tipo de experiência que eu trago para um ambiente como este”, disse Jacob Collier em entrevista exclusiva à MIX.
Apesar de já ter vindo ao Brasil há 10 anos atrás, Jacob Collier tem uma relação muito especial com o país, não apenas por parte dos fãs, mas também com a música brasileira. Além de ter cantado junto com Sandy em uma de suas apresentações no The Town 2025, o britânico também tem amizade com alguns músicos brasileiros, e revelou ter sido um muito influenciado pelo trabalho do compositor Hermeto Pascoal – que faleceu no dia 13 de setembro.
“É muito surreal estar no Brasil quando o Hermeto Pascoal acabou de falecer. Ele foi uma grande inspiração para mim quando criança e uma das razões pelas quais eu realmente quis ser músico e fazer música louca; porque ele fazia música louca. Eu penso em tantos músicos significativos, desde Gilberto Gil até João Gilberto, Jobim, meu bom amigo Bernardo (que é um pandeirista), Gabriel Grossi, Carlos Malta… são tantos amigos meus e pessoas que significaram muito para mim ao longo dos anos que é louco estar no mesmo lugar que eles e aprendendo com eles o tempo todo”, disse o cantor.
Em meio à felicidade de estar novamente no Brasil, Jacob Collier também vive um novo momento artístico bastante interessante: no dia 10 de outubro, o artista lançará o disco inédito “The Light for Days”. Diferentemente de sua última coletânea “Djesse”, o álbum foi inteiramente produzido em apenas 4 dias, por imposição do próprio artista:
“Sempre gosto de um desafio, sabe? Há alguns como subir nos palcos, ou um tipo particular de desafio, tipo plateias desafiadoras. Mas gosto de me dar um prazo e pensei: se eu tiver apenas quatro dias, não vou conseguir pensar demais em nada. Eu só tenho que ir e fazer direto. E toda ideia era a primeira ideia, e eu só tinha que ir com ela”, comentou.
Confira a entrevista completa:





