Após 15 shows ao redor do Brasil, o cantor Jão finalizou a “Superturnê” neste sábado (18), no estádio Allianz Parque, em São Paulo. Com a casa cheia e mais de 30 músicas, o último show da agenda, que teve início em janeiro de 2024, promovendo o álbum “Super”, foi marcado por uma setlist especial, troca de figurinos e, é claro, muita emoção.
Abrindo o show às 19h53 com “Escorpião“, do álbum mais recente, Jão entrou em cena acompanhado de sua banda e dançarinos, além de uma produção cheia de efeitos especiais. Logo nos primeiros minutos, sucessos como “A Rua“, “Essa Eu Fiz Pro Nosso Amor“, “Doce” e “Imaturo” levaram o público ao delírio.
Sejam muito bem-vindos à última data da ’Superturnê’. Eu sei que eu falo muito que eu amo despedidas, mas hoje está um pouco mais difícil, um pouco mais dolorido. Eu sonhei com essa turnê há muitos anos, e fazer o encerramento dela hoje parece um dia meio surreal pra mim. Eu acho que ela foi a coisa mais grandiosa, mais corajosa, que eu já fiz na minha carreira inteira. Eu tenho muito orgulho disso, do que a gente construiu juntos, muito obrigado! Vocês mudaram a minha vida inteira, o significado das coisas. Agora, quando eu vejo estrelas, quando eu vejo um mar de chapéus vermelhos, eu vejo vocês, eu vejo as nossas memórias, as coisas que a gente construiu juntos”, declarou ele, ainda na primeira parte do show..
Depois, Jão passeou por toda a sua discografia com faixas dos álbuns “Lobos” (2018), “Anti-herói” (2019), “Pirata” (2021), “Super” (2023) e “Supernova” (2024), seguindo o conceito dos quatro elementos da natureza — terra, ar, água e fogo —, que foi trabalhado ao longo da turnê.
Assim, o cantor apresentou sucessos como “Vou Morrer Sozinho”, “A Última Noite”, “Idiota”, “Me Lambe” e “O Triste É Que Eu Te Amo”, que foram cantadas em coro pelo público de mais de 45 mil fãs no Allianz Parque. Um dos destaques da noite, inclusive, foi durante a faixa “Sinais”, quando Jão “levitou” até o topo da estrutura do palco.
Além disso, outro momento que chamou bastante atenção foi durante a música “Religião”, na qual o artista apareceu deitado em uma cama, cercada de fogo. Já em “Maria“, ele surpreendeu os fãs ao distribuir cartas para todos os setores do estádio. Essa ação especial ampliou uma tradição da turnê: em cada show, uma carta escrita pelo próprio Jão era entregue a uma pessoa do público. No último espetáculo, porém, vários fãs saíram com a tão aguardada mensagem de despedida.
a ultima carta ☹️ pic.twitter.com/3lzn4Acv0T
— sofi ★ viu o jao! (@ysofyzx) January 19, 2025
Caminhando para o encerramento, o cantor fez um discurso emocionante, agradecendo aos fãs e relembrando as memórias criadas ao longo da turnê:
Muito obrigado! O último show desse ciclo tá chegando ao fim. Eu amo vocês. Eu amo essa turnê, eu amo esses shows, mas o que eu mais amo são as memórias que a gente construiu juntos, os amigos que a gente fez, os inimigos que a gente fez, as pessoas que a gente beijou, separou, voltou, as viagens, as casas de amigos, ou de não amigos, isso tudo, essa grandiosidade aqui é muito importante pra mim, obviamente. Isso é incrível, isso me completa, é o meu sonho, mas o que eu vou lembrar com 80 anos é da cara de vocês, é da gente se tornando, se gostando, e estando em um lugar onde a gente olha pro lado e se sente seguro de ser quem a gente é o tempo inteiro. Eu espero que hoje tenha sido uma casa para você aqui, e que você tenha se sentido em casa, mesmo quando a última luz se apagar. Muito obrigado, São Paulo”, finalizou ele, antes de agradecer, também, a equipe, pedindo uma salva de palmas às pessoas que trabalharam ao lado dele na agenda de shows.
Por fim, fechando a noite e a “Superturnê” com chave de ouro, Jão cantou a música “Alinhamento Milenar”. Se despedindo do público, o cantor elevou a energia do estádio uma última vez e fez todos cantarem a faixa aos berros, finalizando seu terceiro show lotado no Allianz Parque e consolidando o seu lugar como um dos maiores artistas brasileiros da atualidade.
