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Com chá revelação e “discoteca nu metal”, Linkin Park contagia público de São Paulo em show eletrizante

Banda fez a 2ª apresentação da turnê "From Zero" durante a passagem pelo Brasil
Foto: Rafael Strabelli/Live Nation

Na noite deste sábado (8), o Linkin Park realizou o segundo show da “From Zero World Tour” no Brasil, que aconteceu no Estúdio MorumBIS, em São Paulo

Depois do aquecimento feito pela cantora de metal Poppy no show de abertura, a contagem regressiva para a entrada do Linkin Park no palco foi um tanto quanto diferente do som costumeiro da banda, que mistura o rock a elementos do rap e da música eletrônica. Contagiando todos os presentes, a música “Don’t You Worry Child”, do grupo sueco Swedish House Mafia, foi reproduzida no estádio cronometrando os 3 minutos e 33 segundos para a banda aparecer.

Abrindo o primeiro ato do show com uma performance enérgica de “Somewhere I Belong”, o Linkin Park foi recebido por um forte coro dos fãs, que foi mantido na seguinte “Lying To You”, marcada pela forte sintonia da divisão dos vocais de Emily Armstrong e Mike Shinoda e que contemplou os fãs da era “Meteora” (2003). Na sequência, os vocais da cantora tiveram um maior destaque em “Up From The Bottom” (que também foi marcada por Emily tocando guitarra) e “New Divide”, sendo esta última marcada por uma introdução fortemente marcada pela bateria de Colin Brittain e a mesa do DJ Joe Hahn.

“Muito obrigado, pessoal. A última vez que estivemos aqui, há um ano atrás, estávamos lançando o novo álbum ‘From Zero’ e muita coisa aconteceu desde então. Por isso, queremos agradecer por vocês estarem com a gente”, disse Mike Shinoda, antes de uma performance enérgica de “The Emptiness Machine”, que, assim como propõe o pós-refrão, fez com que todos os fãs “se sentissem parte de algo”. 

Encerrando o primeiro ato com sons de sirene e um show de luzes, a segunda parte do show teve início com versões mais balada de “The Catalyst” e “Burn It Down”, desacelerando brevemente o ritmo agitado do Linkin Park, para retomá-lo em “Cut The Bridge”. Além desta ter sido até então uma das músicas mais engajadas pelo público, a performance também mostrou a grande versatilidade dos vocais de Emily Armstrong, que impressionou os fãs com seus agudos e gritos mais roucos.

Após uma breve menção feita pelos vocalistas às indicações da banda ao Grammy 2026 (nas categorias “Melhor Álbum de Rock” e “Melhor Performance de Rock”), um momento do show foi dedicado ao projeto paralelo de Mike Shinoda, Fort Minor, com a performance emocionante de “Where’d You Go”, que foi dividida com o sucesso do Linkin Park “Waiting For The End”. Feito o pequeno “respiro”, a energia nu metal foi retomada com a sequência “Lies Greed Misery” e “Two Faced” que ressaltaram como a combinação de versos em rap e gritos mais “rasgados” faz com que o som do Linkin Park transcenda gerações.

Com um solo de discotecagem e a primeira parte de “When They Come For Me” cantada por Mike Shinoda, o vocalista desceu do palco para um contato direto com o público, protagonizando um momento fofo em que trocou bonés com uma pequena fã, autografou também uma bandeira com o logo da banda antes de voltar ao palco e completar a performance da faixa.

Encerrando o segundo ato, Emily Armstrong voltou ao palco para conduzir a performance de “IGYEIH”, outro sucesso da era “From Zero”, que se destacou também pelos grandes solos de guitarra feitos por Brad Delson e o encerramento da vocalista gritando “from now on i don’t need you”. Assim como nos outros shows feitos pela América do Sul, o momento de “One Step Closer” contou com a participação especial de Poppy, que agitou ainda mais o público de São Paulo. 

Dando início ao terceiro ato, acordes de piano trouxeram uma introdução um pouco mais acústica de “Lost”, música gravada originalmente por Chester Bennington mas lançada em 2023 para celebrar os 20 anos do álbum “Meteora”, e que foi interpretada inteiramente por Emily Armstrong. Em meio ao clima nostálgico, a carga emocional do show foi elevada com as performances de “Good Things Go” e “What I’ve Done” na sequência, ambas bastante ovacionadas pelo público.

Após uma crescente musical no ritmo de “Overflow” introduzir o quarto ato do show do Linkin Park, Mike e Emily tentaram fazer um pequeno jogo com o público, mas acabaram sendo surpreendidos ao pegarem um cartaz de uma fã pedindo para que eles anunciassem o sexo de seu bebê. Feito o “chá revelação” de que a mulher da plateia seria mãe de uma menina, os vocalistas voltaram ao roteiro do show e pediram para que um fã escolhessem um número de 1 a 3, que ditaria um estilo musical “inusitado” para a próxima música. Feita a escolha do gênero disco, a performance de “Numb” fez com que um dos maiores sucessos da carreira do Linkin Park ficasse ainda mais especial para o público.

“Vocês são incríveis! Eu amo o Brasil, amo São Paulo. É absolutamente incrível estar aqui em mais um ano”, agradeceu Emily Armstrong antes de se juntar à banda para tocar “Over Each Other” na guitarra. Em seguida, bastou que as primeiras notas de “In The End” fossem tocadas no piano para que o público imediatamente reconhecesse e cantasse com todo o pulmão uma das músicas mais marcantes não apenas dos quase 30 anos de carreira do Linkin Park, mas também da década de 2000. Deixando o palco em grande estilo, a enérgica performance de “Faint” transformou o Estádio MorumBIS em uma alta concentração de rodas, que ficaram ainda mais extasiadas pela potência vocal de Emily combinada a um excelente solo final de guitarra.

Para encerrar as quase duas horas de show, o Linkin Park voltou ao palco para uma sequência final de peso e que ilustra perfeitamente todo o prestígio que a banda manteve ao longo do tempo como uma das maiores representantes do rock atual. Após o instrumental inconfundível da introdução, “Papercut” foi marcada principalmente pela intensidade do rap de Mike Shinoda e os gritos “rasgados” de Emily Armstrong, que também se fizeram presentes na seguinte “Heavy Is The Crown”. Atendendo ao último pedido da vocalista, o público entregou toda a energia na final “Bleed It Out” com moshs, gritos e palmas, e a esperança de que o Linkin Park não demore para voltar ao Brasil.

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