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The Town 2025: Rodas, protestos e reverências a ícones marcam o Dia do Punk Rock

Segundo dia do festival contou com shows de CPM 22, Pitty, Bad Religion e Green Day
Fotos: Reprodução/Redes Sociais

Neste domingo (07), aconteceu o segundo dia do The Town 2025. Para encerrar o primeiro final de semana do festival, foi a vez de grandes expoentes da cena do rock e do punk rock subirem aos palcos do Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

O início da tarde contou com o encontro de duas potências do punk nacional: Supla e a banda Inocentes. A junção do toque estrangeiro e o carisma único de Supla, com o punk “cru” e contestador da banda liderada por Clemente Tadeu, exaltaram o clássico lema “do it yourself” do movimento, embalado por hits como “Green Hair (Japa Girl)”, “São Paulo”, “Garotos do Subúrbio” e “Pânico em SP”. Além disso, tanto Supla quanto os Inocentes incrementaram seus respectivos shows com versões de outras músicas: além de juntos terem performado o clássico dos Ramones, “Blitzkrieg Bop”, o “papito do punk” também cantou um cover de “As It Was”, do Harry Styles.

Na sequência, o Capital Inicial abriu os trabalhos do Palco Skyline elevando a potência da cena nacional. Apesar de atualmente estarem promovendo a turnê que celebra os 25 anos do “Acústico MTV”, a banda liderada por Dinho Ouro Preto entrou no clima mais “pesado” do segundo dia do The Town 2025, trazendo versões mais “hardcore” de músicas como “Independência”, “Fátima” e “Que país é esse?”. Além de reverenciarem a banda The Clash com um cover do clássico “Should I Stay Or Should I Go?”, o Capital Inicial também trouxe um pequeno “respiro” à soberania de guitarras elétricas com uma performance mais acústica da clássica “Primeiros Erros”.

Dando continuidade à leva de apresentações nacionais, a banda CPM 22 transformou a região do Palco The One numa grande ode ao hardcore. Hits como “Dias Atrás” “Um Minuto Para o Fim do Mundo”, “Não sei viver sem ter você” e “Atordoado” deram palco a um espetáculo à parte: a grande concentração de rodas punk promovida pelo público, inclusive feminino, que ganhou destaque com um momento em que o vocalista Badauí estendeu a bandeira “Elas no Mosh”, oferecida pelos fãs. Marcando os recém completos 30 anos da banda, o show manteve a essência enérgica do CPM, mas ainda surpreendeu ao trazer um cover hardcore de “Meu Erro”, do Paralamas do Sucesso.

Estreando a rodada de atrações internacionais do dia, Bruce Dickinson “quebrou” um pouco a atmosfera punk rock do festival com o heavy metal melódico que permeia sua carreira. Destacando-se talvez como a atração mais diferente do line-up, o britânico entregou uma performance intensa e marcada por sua alta capacidade vocal para atingir agudos, focando mais nos sucessos de sua carreira solo (como “Tears of the Dragon”, “Chemical Wedding” e “Accident of Birth”), mas sem deixar de homenagear o Iron Maiden com as performances de “Revelations” e “Flash of the Blade”.

Consagrando-se como a grande (e única) potência feminina das atrações que se apresentaram nos palcos principais do The Town, Pitty espalhou a nostalgia dos anos 2000 pelo Autódromo de Interlagos. Passando por diferentes eras de sua carreira, tocando hits como “Admirável Chip Novo”, “Na Sua Estante”, “Me Adora” e “Setevidas”, a cantora foi bastante ovacionada ao longo do show, em meio a momentos mais agitados e acústicos. Apesar de ainda não ter revelado quais serão os próximos projetos de sua carreira, Pitty trouxe um pequeno acalento para os fãs com seu retorno ao palco em alguns meses, e ressaltou o quanto sua presença nos grandes festivais é mais do que bem vinda.

Na sequência, o Bad Religion incendiou o Palco Skyline com um grande espetáculo de punk rock. Apesar de terem sido escalados cinco dias antes do festival (após o cancelamento do Sex Pistols), a banda californiana deixou o público tão eufórico, que facilmente poderiam ter sido considerados headliners da noite. Hits como “You”, “Infected”, “I Want to Conquer the World” e “American Jesus” foram acompanhados por moshs e versos animados gritados a todo pulmão pelos fãs. 

Encerrando as apresentações do Palco The One, o britânico Iggy Pop levou o público do festival de volta à década de 70, quando se deu o início do movimento punk. Em meio aos seus 78 anos de idade, o britânico mostrou toda a sua vitalidade ao longo da apresentação de mais de 1 hora, que passou por clássicos de seus tempos na banda The Stooges (como “I Wanna Be Your Dog” e “Search and Destroy”) e sua carreira solo (com destaque para “The Passenger” e “Lust For Life”), quase todas acompanhadas pelo conjunto de instrumentos de sopro de sua banda. Antes de se despedir do caloroso público brasileiro, Iggy Pop finalizou o show com um cover de “Louie Louie”, de Richard Berry & the Pharaohs.
Por fim, a noite de domingo terminou com um mega show da banda norte-americana Green Day. Uma das atrações mais aguardadas do primeiro final de semana do The Town, o grupo liderado por Billie Joel Armstrong contagiou as cerca de 80 mil pessoas presentes durante as quase 2 horas de show, com o carisma único e energia incansável da banda. Com a divertida abertura marcada apenas pela reprodução das músicas “Bohemian Rhapsody”, do Queen, e “Blitzkrieg Bop”, do Ramones (sendo esta última acompanhada por uma pessoa fantasiada de coelho dançando no palco), o Green Day trouxe uma setlist que passou pelas diferentes eras de sua carreira. Hits como “American Idiot”, “Boulevard of Broken Dreams”, “21 Guns”, “Wake Me Up When September Ends” e “Basket Case” transformaram o Autódromo de Interlagos em uma verdadeira “festa punk”, que ficou marcada tanto para os fãs brasileiros, quanto para os integrantes do Green Day, como “o melhor momento de suas vidas”, fazendo jus ao encerramento com a música “Good Riddance (Time Of Your Life)”.

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