Por Karina Andrade
[ SEM SPOILERS ]
Não é novidade para ninguém que o Aquaman nunca foi tão popular quanto seus colegas de DC Comics. Se você pedir para alguém citar um super-herói da editora, as primeiras respostas provavelmente serão: Superman, Batman, Mulher-Maravilha, The Flash…
Felizmente, o filme do Aquaman, que estreia nessa quinta-feira (13 de dezembro), será um “divisor de águas” – , me perdoe o trocadilho…
Mas, para entender o personagem, precisamos voltar no tempo um pouquinho. O Rei dos Mares surgiu nos quadrinhos em 1941 e foi criado pelos artistas Paul Norris e Mort Weisinger.
Desde sua origem, as aventuras do Aquaman foram adaptadas para as telas em vários formatos, como, uma animação, na década de 60, e ainda algumas séries nos anos 2000. Mas, foi no filme “A Liga da Justiça” – , que o personagem foi concretizado nos cinemas de forma grandiosa.
No longa, que reúne vários super-heróis da DC Comics, o ator Jason Momoa encarnou o Rei de Atlântida pela primeira vez e, agora, ganha um filme solo dirigido pelo James Wan -, cineasta responsável por “Velozes e Furiosos 7”, e alguns “ícones do terror”, como a boneca Anabelle, de “Invocação do Mal” e a Freira Valak de “Invocação do Mal 2”.
Assim que começa o filme, uma coisa chama a atenção: o visual e a fotografia do longa. A apresentação de reino de Atlântida é muita bonita – , um lugar tecnologicamente avançado com ‘naves’ submersas e criaturas marítimas que criam um efeito de cores tão vibrantes, que é de cair o queixo.
Como todo bom filme que conta a origem de um super-herói, vamos, aos poucos, conhecendo o Aquaman – , ou melhor, Arthur Curry, seu nome humano. O herói é uma mistura de humano com atlante, fruto da relação entre o faroleiro Tom Curry (Temuera Morrison) e a Rainha Atlanna (Nicole Kidman).
Na trama, entendemos “o porquê” e “como” Arthur se tornou o Aquaman, Rei de Atlântida. E mesmo quem nunca teve nenhum contato com o universo dos quadrinhos ou dos super-heróis vai conseguir acompanhar a história, sem problema nenhum.
Na história, Aquaman se une com Vulko (Willem Dafoe) e Mera (Amber Heard) na tentativa de impedir Orm – , seu meio-irmão, de governar Atlântida e declarar guerra aos humanos da superfície. Pra piorar a situação, um vilão surge com sede de vingança: o Arraia Negra, que vai dar o maior trabalho pro protagonista.
Mas, pra vencer, Aquaman precisa conseguir encontrar e empunhar o tridente que lhe concede um poder inigualável.
Destaque para a atuação de Jason Momoa no papel do super-herói. O ator tem carisma e bom humor, mesmo com a aparência de “fortão” e seu jeito meio “grosseirão”.
Outro detalhe que prende a atenção são as cenas de luta. A “porradaria” acontece dentro e fora d’-água. O longa têm inúmeras cenas de “encher os olhos”, com efeitos visuais que dá vontade de “pausar” o filme e olhar por mais tempo, todos os detalhes.
Aliás, você vai conhecer um lado realmente impiedoso do Aquaman. Entre os fãs de quadrinhos, por muito tempo, o Rei de Atlântida foi motivo de piada. “Ah, é só um cara que fala com peixes”. Pois é. Aquaman sempre sofreu um certo bullying como se ele não fosse tão poderoso assim…
Com o filme solo, toda essa “brincadeira” em torno do personagem vai por ‘água abaixo’ -, mais um trocadilho inevitável.
“Aquaman” é forte, bom de briga, tem senso de humor, é à prova de balas e controla os mares e todas as criaturas marítimas (com seu poder de telepatia).
Antes de encerrar, só mais um conselho: se puder, assista ao filme em tela IMAX – , a experiência será ainda mais surreal.
Não perca: Aquaman em exibição nos cinemas!